Descubra como melhorar a qualidade de seus desenho com Leonardo Da Vinci

“O Olho Erra Menos que a Mente”: O Que Leonardo da Vinci Pode Ensinar aos Artistas

Se você já se perguntou por que seu desenho muitas vezes parece “idealizado” ou um pouco distante da realidade, talvez a resposta esteja em uma das lições deixadas por Leonardo da Vinci. A frase “O olho erra menos do que a mente,” atribuída ao gênio renascentista, resume bem uma ideia fundamental em seus estudos e criações. Da Vinci (1452–1519) acreditava que o olho é uma das janelas mais confiáveis para conhecer o mundo, enquanto a mente, muitas vezes, pode distorcer essa visão com suposições e interpretações.

Mas o que isso significa para nós, artistas, no dia a dia de nossas práticas?

1. Observe e Desenhe o Que Realmente Vê

Ao trabalhar com desenho de observação, Leonardo valorizava a prática de capturar o que o olho percebe, antes de deixá-lo passar pela “filtro” da mente. Nossa mente tende a corrigir automaticamente o que percebemos, como se tivesse um molde do que “deveria” estar ali — seja o formato de um rosto, o brilho de uma paisagem ou o contorno de uma folha. No entanto, esses moldes podem nos levar a desenhar algo mais próximo de nossas expectativas do que da realidade.

Experimente este exercício: escolha um objeto simples e foque em cada detalhe dele, sem pressa. Observe suas sombras, nuances e até suas imperfeições. Esse tipo de prática treina o olhar para registrar o que de fato está ali, não o que achamos que deveria estar.

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2. Evite os Preconceitos Visuais

Quando desenhamos um rosto, uma árvore ou qualquer outro elemento, nossa mente pode entrar no processo com uma ideia pronta do que aquilo “parece” — uma ideia que vem de nosso repertório, memórias e até de estereótipos visuais. A mente pode fazer você desenhar um olho ou nariz de maneira padronizada, em vez de notar as particularidades de cada forma, ângulo e proporção.

Ao se livrar dessa interferência, o artista se aproxima de uma representação autêntica e, ao mesmo tempo, mais livre. Desafie-se a desenhar sem pensar muito, apenas confiando no que o olho percebe. Esse exercício ajuda a eliminar esses preconceitos visuais e favorece uma arte mais viva e única.

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3. Cultive a Paciência para Capturar o Detalhe e a Realidade

Desenhar com paciência, observando sem pressa e sem interpretação, pode ser difícil no início, mas essa prática permite que a obra carregue uma precisão e riqueza únicas. Leonardo acreditava que, quanto mais confiamos no olho, mais próximos ficamos de uma representação autêntica. Ele documentou essa filosofia em textos como o Tratado da Pintura e o Códice de Madrid, onde defendeu a importância de ver o mundo como ele realmente é, sem pressa e sem preconceitos.

Quando o artista aprende a ver sem pressa, sua capacidade de captar detalhes subtis e profundos aumenta, criando uma conexão íntima com o que está desenhando e com o próprio processo artístico.

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Como Incorporar Essa Lição ao Seu Processo Artístico?

Na próxima vez que você estiver criando, tente aplicar esse conceito de Da Vinci em cada etapa do processo. Concentre-se no que vê sem interpretar ou simplificar demais. Pratique o desenho de observação com paciência, valorizando o que seus olhos percebem e deixando a mente em segundo plano.

Essa prática de “desligar” a mente para observar mais profundamente não só aprimora suas habilidades técnicas, como também cria uma conexão mais pura entre você e o que deseja expressar. Afinal, como Da Vinci nos ensinou, o olho vê melhor a verdade do que a mente imagina.

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